sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

BOAS FESTAS




Minha árvore de Natal sempre foi original.

Nunca esteve assim verdinha,

Como aquela da vizinha.

Porque lá, como lembrança,

pendurei uma esperança,

que tão breve feneceu.

Papai Noel afobado,

ficou todo atrapalhado,

e o meu presente esqueceu.

Não fez por mal o velhinho...

ele sempre foi bonzinho.

Talvez no bazar da vida,

Papai Noel não achou

o presente que eu queria,

e que minha alma desejou...

O presente que eu queria??

Era belo na verdade.

Tecido só de alegria,

seu nome??






Sueli Bigucci


PS: BOAS FESTAS AOS MEUS NETINHOS! VÓTEL AMA VOCÊS!ATÉ 2008!!!!!!!!!!

O Jardim Encantado




Entrei, como faço todos os dias, arrastando minha mochila, como sempre estava muito pesada. Para minha surpresa ali estava um lindo jardim.

- Como? pensei eu - ontem não tinha nada!

Fiquei encantado olhando o baldinho da fonte descer e subir trazendo a água. No chão, ao invés de terra, havia pedrinhas redondinhas de vários tamanhos.

As flores estavam em vasos lindos coloridos que caiam de uma cerca feita de bambu em quadradinhos todos iguais. Havia também um caminho para se passar todo de plaquinhas cortadas.Fiquei admirando o jardim e logo vi um pássaro que se aproximou indo beber a água do bebedouro e para meu espanto passou correndo pela fonte molhando-se todinho. É sem duvida um jardim Encantado - pensei eu, apareceu aqui hoje, mas como?

Coisas da vida moderna de hoje explicou-me minha professora.O jardim foi construído de forma diferente, existe sim terra embaixo das pedrinhas.As plantas estão mesmo plantadas em vasos com terra e adubadas.

Portanto não se espante por não ser um jardim encantado. Faz parte de nosso projeto que está sendo elaborado pela equipe das professoras. As paredes estão sendo pintadas de acordo com o tema e logo você terá também outra surpresa. E assim sentei-me no meu lugar e fiquei imaginando: Poderia eu montar um jardim em meu quarto?

Seria mesmo um jardim encantado, teria de sumir quando mamãe entrasse.

Marlene B. Cerviglieri

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O REI QUE ERA DONO DO MUNDO











Era uma vez um Rei muito rico.
Ele era tão rico que suas riquezas eram impossíveis de contar.

Mesmo assim ele não estava satisfeito, e queria sempre mais e mais. Por isso ele não se importava com nenhuma outra coisa.











Um dia, ele subiu na mais alta torre do seu castelo, olhou para suas terras sem fim, e disse:
- Tenho muito pouco, preciso conseguir mais. Na verdade acho que preciso de todas as terras e riquezas do Mundo.
Então ele convocou seus exércitos que eram muitos, e lhes ordenou que conquistassem todas as Nações do Mundo, e lhe trouxesse todas as Riquezas existentes.
Assim seu exército partiu para cumprir sua missão.













Depois de feito isso, ele disse:
- Agora sim, tenho tudo no Mundo. Na verdade eu tenho o próprio Mundo e também todas as suas riquezas. Nada mais me falta, não preciso de mais nada!

E ele se cobriu com seus tesouros. Estava tão contente que dormiu ali mesmo.

Então um dia ele viu que não estava mais contente e pensou:
- Eu já tenho todas as riquezas e terras do Mundo, todas as pessoas são meus servos, e ainda assim sinto que me falta mais alguma coisa!

Assim ele mandou chamar seus sábios para que descobrissem o que ainda lhe faltava.
E eles disseram:
- A coisa mais importante do Mundo é a mais difícil de se conseguir. Não pode ser conseguida com Dinheiro ou Poder. Na verdade o Senhor já possui essa coisa, e Ela lhe foi dada de graça. Mesmo assim ela não pode ser vista ou tocada, e só pode ser vista quando a pessoa perde.

Depois de ouvir isso, o Rei ficou pensativo e sem entender o que os Sábios queriam dizer com aquilo, afirmou:
- É claro que esta Coisa não existe. Qualquer coisa que eu conheço pode ser comprada com meu Dinheiro ou Conquistada por meus Exércitos.
Apesar de ganancioso, o Rei era um bom governante para o seu Povo.
Assim, cismado com as palavras dos Sábios, resolveu por um tempo, desistir de querer saber o que faltava conquistar.

Então um dia o Rei amanheceu com Febre. Estava Doente
Assim, ele mandou chamar os melhores Médicos e Magos do Mundo para cuidar de sua doença.
Mas o tempo passava e Ele não melhorava.

Então mandou chamar os Sábios para ouvir seus conselhos.
E os Sábios disseram:
- Isto Majestade, era a coisa da qual lhe falamos naquele dia. Nós a temos desde o nascimento, e não pode ser vista até o momento que deixa de existir. Essa coisa é nossa SAÚDE. Poucos lhe dão importância, mas, é a coisa mais importante do Mundo, e é IMPOSSÍVEL de se comprar
Então o Rei compreendeu tudo, e disse:
- Eu com todo o Poder e Riquezas do Mundo não fui capaz de conseguir algo tão simples, que era minha Saúde. Eu fui um TOLO. De que adiantou tanto poder e riquezas se não fui capaz de conquistar algo que me foi dado de Graça.











E o Rei finalmente ficou curado. Então ele disse:
- Agora sei o que é ficar Doente. De hoje em diante, meu povo terá os melhores Hospitais, e médicos, e Escolas. Minhas terras e riquezas serão de todos.

E ele foi contar a boa nova ao seu Povo.
Então ele subiu na torre mais alta do seu Castelo e olhando de cima pensou:
- Como é bonito a paisagem daqui de cima. Eu já subi muitas vezes aqui e nunca tinha visto que era assim. E pensar que esta beleza sempre existiu. O olhar de felicidade vê coisas maravilhosas. Ter saúde é de fato uma benção.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Não tem escolha

A ele não valia a pena perguntarem-lhe o que queria ser quando fosse grande. A resposta, quisesse ele ou não quisesse, só podia ser uma:
- Rei.
Tinha de ser. Pois se ele era príncipe, filho único de um senhor rei, que outra coisa, profissão ou destino podia caber nos seus projetos de futuro?
Pensando nisto, o príncipe, que não tinha vontade nenhuma de ocupar o trono dos seus antepassados, entristecia.
Uma vez, ouvira o jardineiro dos jardins reais queixar-se:
- O meu filho, que eu gostava tanto que fosse jardineiro como eu, diz que não tem vocação para a jardinagem.
Se ele dissesse o mesmo (isto é, o equivalente!), o que é que aconteceria?
Encheu-se de coragem e disse.
O rei, que era um homem compreensivo, respondeu-lhe:
- Meu filho, eu, quando tinha a tua idade, queria ser arquitecto, mas o teu avô deixou-me esta obrigação, que havia eu de fazer?
Por sinal que era um rei muito dado a construções.
Se o queriam ver feliz, mostrassem-lhe projectos de obras públicas, hospitais, escolas, novas cidades. O rei ficava encantado, dava opiniões, discutia com os arquitectos e os engenheiros como se fosse um deles.
- Se não tivesses de ser rei, o que é que gostavas de ser, quando fosses crescido? - perguntou o rei ao príncipe.
- Gostava de ser veterinário - respondeu o príncipe.
- Não vai ser fácil. Um rei veterinário não é muito comum. Há casos de reis-soldados, de reis-marinheiros, de reis-músicos, mas de reis-veterinários não tenho ideia. No entanto, vou pensar no assunto.
Era um bom pai e um bom rei.
Em segredo, começou a projectar um grande jardim zoológico. Desenhou tudo muito bem desenhado, como se fosse um arquitecto.
Quando tinha a obra toda projectada, estendeu os rolos dos projectos diante dos olhos do filho e disse-lhe:
- Ficam ao teu cuidado, para que tu construas o jardim, quando fores rei.
- Mas o pai podia mandar construir agora - disse o príncipe.
- Quero que fique à tua responsabilidade. Quando eu morrer, deixo-te o reino e estes projectos, para que te ocupes deles.
Assim sucedeu. O príncipe tornou-se rei. Não tinha outra alternativa.
Uma vez coroado, dedicou-se com entusiasmo aos trabalhos de governação. Mas com mais entusiasmo se dedicou a levantar o jardim zoológico, que, uma vez pronto, maravilhou o mundo.
Ao jardim deu o nome do senhor rei seu pai, que tinha querido ser arquitecto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Os Grandes Bigodes

Era um senhor com uns grandes bigodes. Tinha muita vaidade nos seus imensos bigodes, muito espetados, metade para cada lado e um risco ao meio para se assoar à vontade.
À noite, dormia de barriga para o ar, porque não queria machucar os bigodes.
De manhã, demorava mais tempo a pentear e alisar os bigodes do que a lavar-se. Mas lavava-se, podem crer!
No autocarro para o emprego, sempre muito cheio de gente, acotovelava à esquerda e à direita, para que não fossem de encontro aos seus belos bigodes.
Ao almoço, não comia sopa, para não sujar os bigodes. Nem ao jantar.
- Parece que está com uma guia do bigode mais comprida do que a outra - disseram-lhe, uma vez.
O senhor dos grandes bigodes não descansou enquanto não chegou a casa. Mirou-se e remirou-se ao espelho e, de tesoura na mão, cortou uma pontinha de um dos lados do bigode.
- Assim já está certo - disse.
Mas talvez não estivesse...
Então, cortou uma pontinha do outro lado.
- Agora é que está - disse.
Mas parecia que ainda não estava...
Passou a noite a cortar, ora dum lado ora do outro, sempre descontente, sempre impaciente.
E, quando chegou a manhã, o senhor dos grande bigodes já não tinha bigode.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A PEQUENA SEREIA

Ariel, era uma jovem sereia, filha do rei Tritão. Gostava muito de nadar na superfície do mar, e ficar espiando a maneira de como viviam os humanos.

Um dia, ela encontrou um navio que afundava, e salvou um de seus tripulantes. Ela o levou até a praia, e passou a noite cuidando do príncipe desmaiado.

Pela manhã, quando o príncipe Eric acordou, Ariel já havia ido embora, e ele só conseguia lembrar da linda voz de sua salvadora. Os dois se apaixonaram, embora o príncipe não se lembrasse do rosto de Ariel. Ela decidiu que queria casar com Eric, e foi conversar com seu pai:
- Minha filha, você é uma sereia, e não pode amar um humano. Os humanos tem pernas, e nós temos cauda, portanto você não conseguiria sobreviver fora do mar.

Muito triste, ela foi procurar a Bruxa dos Mares, e pediu que seu rabo fosse transformado em pernas. A bruxa pediu em troca sua linda voz.

Ariel concordou com a troca. A bruxa ainda disse que ela teria um mês para conquistar o príncipe, caso contrário, viraria escrava dos mares.

A Pequena Sereia, tomou uma poção mágica, e depois desmaiou. Quando acordou estava em uma linda praia, com Eric ao seu lado.

Eles se tornaram amigos, e o príncipe levou Ariel para morar no seu castelo. Ele contou a ela que estava apaixonado por uma moça, mas apenas se lembrava da linda voz que ouvira.

Como Ariel estava muda, não conseguiu falar de seu amor por ele. O tempo estava passando e a cada dia Eric se encantava mais com a bondade de Ariel.

A bruxa percebendo isso, resolveu, que estava na hora de interferir. Ela se transformou em uma linda moça, e foi procurar o príncipe. Ela carregava a voz de Ariel em um medalhão pendurado no pescoço. Quando escutou aquela linda voz, Eric achou que havia encontrado a moça que o salvara.

Encantado com o acontecimento, foi marcado o casamento. Este seria realizado no navio do príncipe Eric. No sair do casamento, por acidente, o medalhão caiu no chão e se quebrou.

Imediatamente a bruxa voltou a sua antiga forma, e Ariel recuperou sua voz. O príncipe percebeu que estava sendo enganado, e expulsou a bruxa do navio. Ele ficou muito feliz porque descobriu que a sua salvadora era Ariel.

Os dois se casaram, e o pai de Ariel a transformou em humana para sempre. Ariel e o príncipe Eric foram muito felizes.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O CAVALO FAÍSCA:

Todo herói que eu conheço tem o seu cavalo, eu também preciso ter o meu. Com esse pensamento, o pequeno Sérgio foi até seu pai:
- Pai, eu queria tanto ganhar um cavalo!

O pai Sérgio era administrador da grande fazenda onde morava. Ele olhou para o filho e disse:
- Sérgio, cavalo é um animal caro!

Sérgio estufou o peito e falou decidido:
- Pai, se for preciso eu trabalho com o senhor para pagar.

O pai de Sérgio sorriu e falou:
- Filho, está é a princesa, ela está para Ter um potrinho. Vou falar com o patrão, com certeza ele o venderá para nós.

O tempo passava, Sérgio não via a hora de ter o seu cavalo.

Finalmente chegou o grande dia: princesa teve o filhote. Sérgio correu até o estábulo e viu um lindo potrinho branco. Que maravilhoso! O seu cavalo nasceu! O Sérgio aproximou-se dele com cuidado e abraçando o pescoço do potrinho disse:
- Você será amigo para sempre! Vou te chamar de Faísca.

E chegando bem perto da orelha do potrinho, falou com carinho:
- Vou te contar um segredo, eu vou ser um herói e você um cavalo famoso!

O potrinho relinchou e sacudiu a cabeça, parecia entender o seu pequeno dono.

Os dias corriam e Sérgio crescia com Faísca. O cavalo tornou-se o companheiro do menino. Sérgio ensinava Faísca, o cavalo era muito inteligente aprendia truques com rapidez: empinava, saltava obstáculos, trotava e até dançava. Quando não estava cuidando do gado com seu pai, Sérgio enfeitava Faísca e com orgulho ia passear nacidade. Muitas meninas suspiravam quando eles passavam. Algumas até sonhavam em estar na garupa daquele cavalo ao lado do bonito e sorridente Sérgio.

Mas o jovem Sérgio tinha outros sonhos. E seguindo o impulso do seu coração, deixou a fazenda rumo a São Paulo para realizá-los. Levou seu amigo Faísca e juntos começaram a grande aventura de suas vidas. Sérgio montou uma caravana de artistas de circo e transformou-se no cowboy Beto Carrero.

Faísca realizava com seu dono as mais corajosas façanhas . Beto Carrero e Faísca viajavam com a caravana de cidade em cidade. O fiel cavalo seguia com seu dono e amigo em uma baia sobre rodas. Durante o dia, Beto Carrero deixava o cavalo correr livre pelos pastos que encontravam. De noite, encantavam adultos e crianças nos shows. Depois da apresentação, Beto Carrero falava ao seu amigo palavras de agradecimento e carinho, e o levava para descansar. Com o tempo o veio a fama, Beto Carrero e Faísca tornaram-se conhecidos e amados por todos os lugares que passavam.

Todos admiravam o cavalo que sabia até somar e dizer o resultado batendo com os cascos no chão. Beto Carrero se orgulhava, ensinara com dedicação e seu cavalo aprendera com rapidez. E o sonho do menino Sérgio transformou-se em realidade: virou herói e E quando Beto Carrero construiu o seu reino encantado, reservou um lugar de honra para seu amigo Faísca. Certa ocasião, terminando o show, Beto Carrero desfilava com sua caravana pelo parque. Um homem aparentando ser muito rico parou e perguntou:
- Meu filho admira você e seu cavalo, por isso gostaria de comprar seu cavalo para ele, diga-me quanto custa? Pago o preço que for preciso.

Beto Carrero sorriu e respondeu:
- Não tem preço, meu amigo! Anos de dedicação e carinho, quilômetros de caminhada em busca de perfeição, coragem e experiência, tudo isso não tem preço que pague.

O menino ouviu a conversa, aproximou-se e falou:
- Mas eu queria tanto ser igual a você e queria um cavalo igual ao seu.

Beto Carrero desceu do Faísca, pegou o menino no colo e disse:
- Vou lhe dizer um segredo: Eu tinha o seu tamanho quando o Faísca nasceu. Ele se tornou especial porque eu acreditei que ele seria especial e fiz dele meu amigo. Escolha um cavalo, ame-o e faça ele se sentir especial. Dedique-se a ele, você deve treiná-lo, faça ele saber que é seu amigo.

Para ser igual ao Beto Carrero, você precisa se esforçar, lutar para realizar seu sonho e nunca desistir. E quando você conseguir, ficarei orgulhoso de saber que você aprendeu a lição.

sábado, 8 de dezembro de 2007

O PEQUENO POLEGAR:

Era uma vez, um pobre lenhador que tinha sete filhos. O caçula era tão pequenino que se chamava Pequeno Polegar. Quando ele nasceu não media mais do que um dedo polegar.

Uma noite, na cozinha, o lenhador falou à sua mulher:
- Querida, não temos mais como alimentar as crianças, amanhã deixarei todos na floresta, quem sabe alguém as encontre e cuide delas.

O Pequeno Polegar, como era muito esperto e bisbilhoteiro, escutou a conversa dos pais. Passou a noite inteira pensando no que faria para conseguir achar o caminho de volta para casa.

Na manhã seguinte, o lenhador seguiu com as crianças para a floresta. Polegar levou um pedaço de pão escondido no bolso, e ia deixando um rastro de migalhas pelo caminho.

No final do dia, as crianças se distraíram brincando, e quando perceberam, seu pai havia sumido. Assustados, todos começaram a chorar. Polegar falou para seus irmãozinhos:
- _Não chorem, sei como faremos para voltar para a casa, basta seguir o caminho que fiz com migalhas de pão.

Eles começaram a seguir as migalhas, e um pouco mais para frente perceberam que os passarinhos haviam comido todas elas.

Sem saber para onde ir, começaram a caminhar pela floresta. De repente encontraram um castelo muito grande, e resolveram bater na porta.

Uma senhora muito bondosa atendeu as crianças. Ela deu comida e bebida para elas, e disse que poderiam descansar à vontade. Ela contou que o dono do castelo era um gigante muito malvado, e devorava as criancinhas, mas ele estava viajando. Avisou-os que deveriam ir embora imediatamente, caso gigante voltasse.

No meio da noite o gigante apareceu de surpresa em casa. A senhora correu até o quarto das crianças e mandou-as fugir depressa. O gigante sentiu o cheiro das crianças, e começou a procurá-las. Elas pularam a janela, e correram para o bosque. O Malvado, zangou-se, porque deixou escapar tão boa comida. Calçou as suas botas mágicas, e saiu correndo atrás dos sete irmãozinhos. Ele correu a noite toda, e não encontrou os meninos. De manhã resolveu parar para descansar e adormeceu rapidamente.

O Pequeno Polegar, vendo que o gigante roncava alto, roubou as botas mágicas. Graças a elas as crianças conseguiram voltar para casa. Sem as botas, o gigante perdeu seus poderes e foi embora para um lugar distante.

O rei ficou muito agradecido, porque os meninos espantaram o gigante do seu reino. Polegar ganhou o emprego de mensageiro do rei, e sua família nunca mais passou fome.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

HISTÓRIAS DE PIRATAS:

Eles não tinham pátria. Eram ladroes do mar. Cruéis e sanguinários, capturavam e saqueavam navios que transportavam mercadorias, ouro, escravos ou qualquer outra riqueza que os reinos levassem para o mar. Algumas viraram lendas: Barba roxa, Jean Lafitte

Desde os tempos antigos os piratas atacavam em todos os oceanos do mundo. Eram homens rudes, adoravam beber e lutar. Seus navios eram conhecidos de longe, no mastro mais alto se agitava Jolli Roger: a bandeira negra com caveira e dois ossos cruzados.

Khair-ed-Din, o famoso Barba Roxa, e seus homens tornaram-se os piratas mais temidos do Mediterrâneo. Com seus navios cercavam e roubavam os navios do sultão Selim, seqüestravam suas esposas e depois afundavam os barcos com seus escravos.

O único meio que o sultão achou de parar a Barba Roxa foi nomeá-lo governador de Argel. Com poder, ouro e mulheres, Barba Roxa abandonou o mar.

Jean Lafitte por sua vez era um corsário: um pirata sim, mas que servia aos interesses de uma nação, os Estados Unidos. Jean Laffite era belo e galante, seu fraco eram moedas de ouro e mulheres. Tornou-se um herói quando ajudou as forças americanas a defenderem Nova Orleans contra invasores.

Mas ninguém amou mais o mar e a pirataria como capitão Flik. Desde jovem era marujo da marinha inglesa. Um dia porém, revoltado com maus tratos se injustiças do seu capitão, abandonou o navio. Considerado um traidor, reuniu homens ferozes e fortes, capitão Flik ganhou fama como mais jovem pirata. Corajoso e destemido, muitas vezes lutou com outros piratas para ser respeitado. Abordava os navios mercantes, saqueava, incendiava os navios e soltava escravos, que mais tarde se transformavam em seus marujos.

Depois de grandes roubos, Flik e seus homens iam para Ilha da Caveira. Repartiam o tesouro, bebiam e cantavam até cansar.

Certa ocasião Flik atacou um navio que levava a jovem noiva de um rei. A intenção de Flik era pedir um resgate, mas quando viu a bela Maria Antonieta, apaixonou-se perdidamente. Levou-a para sua ilha e fez dela sua esposa.

Flik atacou em todos os mares. Construiu as paredes de seu castelo com tesouros vindos de todas as partes do mundo. Fez até uma sala cheia de espelhos para sua vaidosa esposa. Enterrou boa parte de sua fortuna, e deixou o galeão na Ilha da Caveira como símbolo do seu poder.

Viveu feliz muitos anos e desapareceu no mar, se morreu, ninguém sabe. Alguns juram que ainda podem vê-lo em pé sobre o seu navio, comandando seus homens.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O TREM DA AVENTURA:

Há muitos anos atrás, no começo do século passado, o pequeno William iria viver a maior de todas as aventuras, seria um dos primeiros meninos a viajar na assustadora e maravilhosa invenção do seu tempo: o trem.

Na pequena estação, os corajosos homens e mulheres que iriam realizar a primeira viagem no "monstro de ferro" aguardavam com curiosidade a aparição da máquina. William tremia de emoção e medo, segurava bem firme a mão de sua mãe. Logo ele apareceu, enorme, expelindo fumaça como um chaminé e fazendo um barulho como se fosse um trovão: um enorme trem a vapor.

Quando entraram, William maravilhou-se com a beleza e o espaço dos vagões. Passeou pelo vagão restaurante, pelos vagões de passageiros e finalmente chegou até a locomotiva, onde conheceu o senhor Artur, o maquinista.

O chefe da estação, deu o sinal, o sino tocou e o trem começou a mover-se. Depois do primeiro susto, diante da arrancada do trem, todos se acomodaram e passaram a contemplar a paisagem. Era admirável! Todos viam as fazendas, vales e montanhas passarem pela a janela com uma rapidez assombrosa.

William tanto pediu, que sua mãe deixou que ele acompanhasse o seu pai até onde estava o maquinista. Lá, senhor Artur mostrava aos curiosos como trem era conduzido: homens lançavam carvão nas fornalhas e ele operava a máquina. Senhor Artur contou-lhe, como era difícil para colocar aqueles trilhos que serviam de caminho para o trem. Ele fez parte do grupo de homens que enfrentou os índios: uns colocavam a madeiras, outros mantiam os índios a distancia com rifles. Enfrentaram tempestades, neve, sol escaldante e até seca, mas conseguiram terminar.

O trem continuava sua viagem, o senhor, Artur continuava a história: colocaram trilhos em vales, subiram montanhas, construíram pontes e criaram caminhos até em desfiladeiros. Todos teriam oportunidade de ver o que senhor, Artur dissera: um majestoso caminho apareceu pela frente. Atravessaram um desfiladeiro enorme, onde lá embaixo corria um belo rio.

De repente, diante deles estava uma imponente montanha. Como um monstro que abre sua boca, apareceu uma enorme gruta e o trem seguiu adiante: estavam atravessando um túnel escavado dentro da montanha!

Seguiam a viagem, quando ouviram gritos e tiros. Assaltantes a cavalo tentavam parar o trem. Enquanto as damas e crianças se reuniam no centro do vagão, os homens procuravam afastar os bandidos. O maquinista ordenou aos ajudantes que colocassem mais carvão. Com força e grande habilidade, senhor Artur conseguiu que o trem aumentasse a velocidade, deixando os bandidos para trás.

Depois de passado o susto, todos foram ao vagão restaurante. Comiam, cantavam e conversavam sobre a grande viagem. Algumas horas depois, William pôde ver ao longe a estação de chegada.

Quando o trem parou na estação, ouviu-se música da banda da cidade, gritos e palmas das pessoas reunidas. Era um evento importante, aqueles que estavam no trem, eram heróis e já tinham muito para contar. Para William foi a maior aventura de sua vida, e aquele trem seria um marco na história.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O GATO DE BOTAS
















Era uma vez um camponês muito pobre. Ele tinha três filhos, e quando morreu deixou tudo que tinha para eles. O primeiro herdou um moinho, o segundo um burro e o terceiro ficou com o gato de estimação.

O terceiro filho ficou muito aborrecido porque não sabia o que fazer com o gato. Entretanto, este era um animal muito especial.

O gato pediu para seu novo dono, que lhe arrumasse um par de botas e um saco de milho, que em troca lhe traria muitas riquezas. Meio desconfiado, o jovem gastou todas as suas economias com o pedido do gato. Este saiu correndo pela floresta, em busca do que prometera para seu novo dono.

Reinava naquele lugar, um rei louco por perdizes. O gato pegou o saco de milho, fez uma armadilha, e aprisionou algumas delas. Em seguida ofereceu a sua caça ao rei, dizendo tratar-se de um presente de seu amo, que era um conde muito importante. Este ficou imensamente agradecido, entregou um saco cheio de ouro, para que o gato levasse a seu amo. Nos dias seguintes, o gato sempre levava perdizes ao rei, e em troca trazia ouro.

Um dia o gato ficou sabendo que o rei estaria passeando com a princesa perto da casa do camponês. Ele pediu para seu dono ir nadar no lago, e escondeu as roupas dele.

Quando o rei passava por ali, ele parou a carruagem:
- Me ajude alteza, meu dono estava nadando na lagoa e um ladrão roubou as suas roupas!

O rei, reconhecendo o gato, pediu que o cocheiro voltasse ao castelo, e trouxesse a roupa mais bonita que encontrasse. Depois disso convidou o jovem para passear com eles.

O gato ia correndo na frente e a todos os lavradores que encontrava, ordenava que dissessem ao rei, que eram trabalhadores do conde da região.

O rei ficou muito impressionado com a quantidade de terra e de lavradores que o conde possuía. Cada vez que perguntava quem era o patrão das pessoas que o encontrava no caminho, a resposta era sempre o conde.

Enquanto isso, o gato seguia na frente da carruagem. Chegou ao castelo de um bruxo, que era o verdadeiro dono daquelas terras. O gato foi logo perguntando:
- Ahh, um leão é muito fácil, quero ver você conseguir se transformar em um animal bem pequenino, como um rato, por exemplo.

Na mesma hora o bruxo se transformou em um pequenino camundongo. De um só pulo. O gato apanhou o rato e o engoliu. Quando o rei chegou ao local do castelo, da porta deste, o gato chamou:
- Sua majestade! Venha conhecer o castelo do conde, meu amo. Estávamos ansiosos esperando sua visita.

O rei ficou impressionado com tamanho luxo e riqueza. Resolveu que o conde seria um excelente marido para sua filha, e assim sendo concedeu a mão da princesa para este. O casamento deles foi o mais lindo de que se teve notícia.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O Docinho da Formiga

Num dia muito lindo, de sol e céu azul o formigueiro todo trabalhava avidamente, pois logo chegariam o inverno e tempos difíceis. A mamãe formiga trabalhava e cuidava também de suas formiguinhas, tinha muitas delas, mas uma era muito danadinha. Sempre se metia em encrenca e confusão, pois se afastava do formigueiro, de tanto que gostava de tudo saber.

Todos sabemos que é muito bom saber das coisas, mas quando somos pequenos devemos sempre ouvir os mais velhos, principalmente a mamãe, o papai, a vovó e o vovô.

- Por que?

- Ora, eles sabem das coisas! Já aprenderam antes e naturalmente vão passar para os menores.

- Bem, voltando à formiguinha Bibica, era assim seu nome,gostava muito de mexer em tudo e, às vezes, tentava carregar folhas bem maiores que ela, e conseguia, porque a formiga tem muita força.

Até ai a mamãe dela não se preocupava,mas sim com o que ela comia. Sempre estava dizendo para Bibica comer menos açúcar. Era demais como gostava de docinhos, coisas doces como dizia.

Uma tarde viu no chão umas bolinhas, comeu uma e gostou muito. Eram docinhos e foi comendo, comendo, comendo... De repente não viu mais nada, só ouvia sua mamãe chamando muito longe... Ficou assim por muito tempo. Quando finalmente conseguiu acordar já havia passado um dia inteiro.

- Bibica, disse a mamãe, que te sirva de lição formiguinha danada! Nem tudo que é docinho se pode comer! Você precisa aprender a ver e saber o que põe na boca, formiguinha danada.Não sabe o trabalho que deu, pois comeu remédio de humano. Sempre que for comer alguma coisa precisa saber o que é. Às vezes os humanos jogam remédio para nós comermos e aí é o fim! Aprenda Bibica, só coma aqui no formigueiro que é a sua casa.

Ouvindo a história toda, Luisa arregalou os olhos e disse:

- Mamãe eu só vou comer aqui em casa e nunca vou querer o docinho da formiga.

- Isso mesmo filhinha, também para comer tem que se aprender.

Agora vamos descansar um pouquinho, e não pensar no docinho da formiga.

Com histórias simples se pode evitar muitos acidentes!



Marlene B. Cerviglieri

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Árvore Crespinha

Dentro de um parque muito lindo estava a árvore crespinha. Era assim que os demais moradores a conheciam. Era muito alta e toda coberta de folhinhas dando a impressão que foram colocadas uma a uma no tronco dela. Os pássaros gostavam de conversar com ela, pois sempre aprendiam alguma coisa nova. Tinha sempre boas palavras para todos e dificilmente se irritava. Ficava muito feliz, pois em seus galhos abrigava muitos ninhos de pássaros que vinham de longe, para ali construírem seus ninhos.

- Você não se incomoda com tanto barulho - disse-lhe um dia o sabiá num papo com ela. - Não – respondeu -, eu até gosto e muito, pois sempre tenho amigos em volta.

- Sabe - disse o sabiá -, não te incomoda também toda esta folha em volta de você?

- Ora seu sabiá, isto é um presente que recebi.

- Presente! De quem?

- Da Mãe natureza. Respondeu a árvore.

- É uma proteção que tenho. Por isso que te chamam de árvore crespinha?

- É sim.

O sabiá achava feias as folhinhas parecia uma coisa maluca - pensou.

Passados alguns dias estavam todos fazendo suas tarefas no parque.

Os pássaros procuravam ajudar as mamães na formação dos ninhos, e todos buscavam gravetinhos. Também frutinhas das quais se alimentavam. Tomavam seus banhos e brincavam saltando de um lado para outro. Mas eis que começou a se formar uma nuvem grande e escura. Estava carregada e logo iria despejar toda água no parque.

Voavam todos para seus ninhos suas casinhas a fim de se abrigarem da chuva que já vinha chegando. E ai começou a cair muita água e até pedrinhas que chamamos de granizo. É muito bonito de se ver, mas estas pedrinhas, granizo machucam as plantas e, conforme o tamanho, quebram até telhados. Por uma meia hora foi uma tempestade bem forte. Quando passou havia um silêncio no parque.

Hora de se ver os estragos. Quanta plantinha não resistiu, e muitos filhotinhos caíram do ninho e estavam mortos no chão.

Que tristeza de se ver. E dna árvore crespinha, como estaria?

Voando depressa lá foi o sabiá ver a situação.

Como sempre ela estava sorrindo e suas folhinhas estavam grudadas no tronco, como a dizer daqui ninguém me arranca.

- Olá dna crespinha como esta a senhora - disse o sabiá.

- Estou muito bem senhor sabiá. Todas minhas folhinhas estão limpas, mas o melhor foi que os meus moradores estão todos bem.

- É mesmo?

- Sim na hora da chuva pedi que viessem se abrigar no meio das folhinhas enrolando seus filhotinhos e assim o vento não os derrubou. Agora podem voltar para seus ninhos. E o senhor, sabiá, como está?

- Ora, estou bem.

- E sua família?

- Não sei eu voei para me proteger e nem pensei em mais nada.

- Senhor sabiá que coisa feia de se dizer! Não devemos pensar só em nós.Os demais, mesmo não sendo de nossa família, merecem atenção também. Hoje o sr conseguiu se salvar e está bem, e amanhã? Sempre precisamos um do outro. É tão bom poder ajudar.

E lá no alto da árvore os pássaros cantavam felizes novamente. Tudo é tão passageiro, passa depressa. Não acontece novamente da mesma forma, vamos fazer agora pois amanhã poderá não ter mais volta. E ali ficou a arvore crespinha sempre alegre e feliz conversando com quem quisesse falar com ela.

Não havia no parque árvore mais feliz.

- E você já disse e pensou alguma coisa boa hoje? De minha parte um abraço e um grande beijo em teu coração.

Marlene B. Cerviglieri