quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

As tres maçãzinhas de ouro



Eram uma vez três irmãos.

O mais pequenino tinha os olhinhos azuis, o cabelo loiro e as faces rosadas como cerejas.
Era assim muito bonito. E quanto a bom coração nem se fala. Certa vez, dera a sua merenda a um pobrezinho; e outra encontrando um cãozinho que tinha uma perna partida, tomára-o ao colo e transportára-o para casa, onde cuidara dele até que sarasse.


Em contrapartida, os seus dois manos eram feios e invejosos.
Ora uma manhã, indo o mais pequenino dos irmãos para a serra com a suas cabrinhas, pois era pastor, viu num quintal, à beira do caminho, uma macieira carregada de belas maçãs. E disse para com ele próprio:


- Ah! Quem me dera trincar aquelas maçãs!

São, na verdade, de fazer crescer água na boca...
Mas, muito embora no quintal não se visse ninguém, o menino seguiu em frente, visto o seu bom coração não lhe permitir que as roubasse.

Chegando à serra, puseram-se as cabrinhas a pastar.
E o menino, enquanto as guardava, mais uma vez desabafou, porém agora em voz alta:

- Ah! Quem me dera trincar aquelas maçãs! São, na verdade, de fazer crescer água na boca...
Estas palavras não eram ditas, até que surgiu junto de si uma fada com três maçãs numa das mãos, que, estendendo-lhes, lhe falou assim:
- Não tenhas pena, meu lindo menino, das maçãs do caminho, porque dou-te estas, que valem muito mais, pois são de ouro e livram o dono da morte.
Por isso, não as dê a ninguém... a não ser aos teus paizinhos. E continua a portar-te bem, que Nosso Senhor sempre te ajudará...

Por artes de berenguendém e berloques, sumiu-se a fada, deixando o rapazote muito satisfeito com a prenda. Mas veio a tardinha, e o menino tomou o caminho de casa, mais as suas cabrinhas. E, andando um largo pedaço do caminho, apareceram-lhe os dois manos, que, ao verem as maçãzinhas de ouro, logo as cobiçaram e lhes pediram. Ele negou-se, porém, a dar-lhes. Então, os irmãos bateram-lhe tanto com um pau, que ele caiu por terra como morto.

Posto isto, tentaram abrir-lhe as mãos, para lhe tirar as maçãzinhas. Mas qual quê?! Quanto mais esforço despendiam, mais as mãos dele apertavam as maçãs. E, vendo que eram inúteis todas as suas tentativas, abriram uma cova e enterraram-no.

Pensaram os pais do menino que tinham sido os lobos da serra os causadores do seu desaparecimento e, por isso, julgando-o já na barriga dos mesmos choraram grossas lágrimas, pois eram muito seus amigos.

Mas, na cova daquele, não tardou que crescesse uma cana. E um pastor cortou-a e fez dela uma flauta. A levá-la aos lábios, em vez de tocar, falou:

"Toca, toca, ó pastor,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."

Perante tamanha maravilha, o pastor, encontrando um carvoeiro, propôs-lhe:
- Amigo, toca nesta flauta, que ouvirás coisa de espantar!
O carvoeiro assim fez, e logo a flauta:

"Toca, toca, ó carvoeiro,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."

Passou a flauta de mão em mão, repetindo-se sempre, com pequenas variações, os dizeres, até que foi ter às mão dos pais do menino. E levando-a aos lábios, a mesma também afirmou:

"Toca, toca ó meu pai...
Toca, toca, ó minha mãe,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."

Largaram os pais a flauta e logo perguntaram ao pastor onde a cortara. E este depressa os conduziu ao local. Aí, cavando, encontraram o menino, que imediatamente abriu os olhinhos e se ergueu, a oferecer-lhes as maçãzinhas, com as seguintes palavras:

- Tomai-as, que estais velhos e, com tal remédio, não há mal que vos pegue.
E os pais, guardando as maçãzinhas, gozaram de boa saúde durante muitos e muitos anos. Até que, cansados de tanto viver, as devolveram ao filho e foram descansar dos seus trabalhos no regaço de Nosso Senhor.
E àquele sucedeu o mesmo, quando, por sua vez, a entregou ao seu filho.
E os dois irmãos malvados?
Oh! a esses roeu-lhes a inveja e a vergonha no coração...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O Cenourinha

Era uma vez um coelhinho que se chamava Cenourinha, que tinha nascido há muito pouco tempo. Chamava-se Cenourinha porque era apaixonado por cenouras. Passado uns dias após o seu nascimento, a sua mãe já se via atrapalhada para conseguir tomar conta dele, porque ele era muito rebelde e gostava de mostrar aos irmãos mais velhos que ele não tinha medo de nada.
Certo dia, os seus pais e irmãos estavam a ver televisão, sentados num sofá muito confortável, o avô estava a dormitar com o jornal a tapar-lhe a cara, enquanto que a avó fazia croché, muito empenhada.
Como a mãe não deixava o Cenourinha ir brincar, ele aproveitou este momento, em que todos estavam ocupados, para se escapar. Mas não pensem que a mãe dele era má, porque não é verdade. Ele é que sempre que ia brincar, fazia grandes travessuras. Na última vez, tinha atravessado um enorme precipício, pendurado numa corda como o Tarzan, só para apregoar aos amigos que ele era um coelhinho muito valente.
Quando encontrou os amigos da floresta: o tigre Bebé, a borboleta Mil Cores e a negra Panterinha, ele propôs mostrar-lhes mais uma vez a sua valentia: iria à gruta da malvada Serpente e enfrentá-la. Então pôs-se a caminho...
Lá bateu à porta.
A Serpente apareceu. Era enorme, mesmo gigantesca e silvava furiosamente! Ele julgava que ela era pequenina e inofensiva, porque todos os animais da floresta lhe chamavam Boa. Mas boa era a raça dela e daí a origem do seu nome.
O Cenourinha apressou-se a sair dali e, quando encontrou os seus amigos, suava imenso, tremia a até gaguejava, por causa do pavor que sentira.
Mas aprendeu uma lição: nunca devemos enfrentar desnecessariamente grandes perigos, porque os nossos verdadeiros amigos gostam de nós como somos realmente, com as nossas qualidades e defeitos...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Um dia não tão mágico








Mais uma noite no circo.

Cheiro de pipoca no ar.E vem palhaço,cachorrinho que dança...globo da moorrteee!!! E a tão esperada atração:
Juan,o mágico!!!
Aplausos e mais aplausos!!Entra junto a ajudante do mágico,uma linda bailarina.
E sai coelho da cartola, moeda de dentro do nariz, lenços vermelhos,verdes esvoaçam pelos ares... e agora o mais esperado a bailarina entra em uma caixa e Juan em um toque de vara faz com que ela apareça sentada no trapézio.
-Respeitável público muito silêncio e concentração!!

Entre na caixa Valeska.
Devagarinho fecha fortemente a caixa e começa a contar:1,2 e 3...chiiiii,o mágico esqueceu a palavra.De novo:1,2 e 3...

De repente tudo fica parado e como um vendaval,Juan vai parar em um planeta onde outros mágicos haviam esquecido também as palavras mágicas.
Muito nervosos,caminhavam de um lado para outro balbuciando palavras que
nem de longe lembravam a palavra mágica!
A noite acontecia a reunião onde todos tentavam ajudar-se para retornarem aos seus circos,e naquela noite não foi diferente Juan também participou!
Mas que nada,apesar dos esforços ninguém conseguia.
Juan voltava para casa e ainda choveu tanto que o seu topete de mágico foi por água abaixo.
Espirrando muito foi ao banheiro secar seu corpo e ajeitar seu topete.
Lá estava ele olhando para o espelho.
Logo atrás uma caixa retangular

onde estava escrita a palavra mágico,que Juan ao ler olhando para o espelho,fez sacudir e explodir o planeta dos Mágicos Esquecidos e num passe de mágica como se o tempo tivesse parado.

Lá estava ele no palco e Valeska balançando no trapézio, ele havia descoberto a palavra mágica!!

Você sabe qual é?

Leia e descubra,ela está no texto!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Sniff...Sniff...


Sniff-Sniff era um cãozinho muito triste porque não tinha amigos para brincar.
Passava horas deitado à sombra de uma árvore na frente do jardim. Seu olhar era tão triste que às vezes parecia que estava chorando.
Daí seu nome Sniff-Sniff.Seu dono, Silvinho, um lindo garotinho não entendia o que estava acontecendo.
Procurava levá-lo junto em algumas brincadeiras, cuidava bem dele, dava-lhe carinho, mas sentia que isto não era suficiente para deixar seu cãozinho alegre.
Numa manhã bem cedo, Silvinho e Sniff-Sniff foram acordados com latidos que vinham do jardim.

Curiosos, correram até a janela e qual não foi a surpresa ao avistarem um lindo cãozinho com lindos.

Sniff-Sniff latindo, saiu ao encontro do seu amiguinho. Silvinho que da janela do seu quarto observava tudo, sentiu um aperto no coração, vendo os dois correrem um ao lado do outro.
Percebeu que assim como ele tinha momentos em que gostava de compartilhar suas brincadeiras com os coleguinhas, com Sniff-Sniff não era diferente.

Ele também precisava de uma companhia, não apenas de um amigo humano mas também de um amigo...cão.

sábado, 27 de dezembro de 2008

A Ratinha Branca

Um dia a Rainha das Fadas convocou as suas súditas para uma importante reunião no palácio.
Todas compareceram envoltas em suas capas de veludo, guiando carruagens bordadas de ouro e prata.
- Pois ficarei com vocês até seus pais voltarem - prometeu ela.
E assim fez. Quando foi embora, nervosa pelo castigo que poderia levar de sua soberana pelo atraso, esqueceu sua varinha mágica no interior da cabana.


Mas uma delas, Clara, ao ouvir o choro de umas criancinhas que viviam numa cabana solitária com tio Francisco, parou no meio do caminho.
A fada entrou no pobre casebre e acendeu a lareira. As crianças, aquecendo-se perto das chamas, contaram que seus pais haviam ido para a cidade trabalhar e que elas estavam morrendo de frio e de medo.








A Rainha das Fadas, muito aborrecida, disse a clara:
- O quê?!
Além de você se atrasar para a reunião, ainda aparece sem sua varinha mágica?
Pois merece um castigo!
Depois de ouvir as explicações de Clara, a rainha disse às outras fadas:
- Agora já sei que Clara tem um bom motivo. Ela se atrasou, sim, mas por causa de seu bom coração. Por isso o castigo não será eterno. Durará apenas cem anos, durante os quais ela vagará pelo mundo transformada numa ratinha branca.
Por isso, amiguinhos, se por acaso vocês virem uma ratinha graciosa e de brancura deslumbrante, saibam que é Clara, que ainda está cumprindo seu castigo . .










sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cinderela


Era uma vez no tempo dos reis e rainhas, uma linda menina que se chamava Cinderela.
Ela morava com uma madrasta.

A madrasta de Cinderela tinha duas filhas.


Essas irmãs de Cinderela eram duas moças muito egoístas e que não gostavam de trabalhar. Em casa, era Cinderela que tinha de fazer tudo.

Um dia Cinderela ajudou as irmãs a se vestirem para um grande baile.


Mas sua madrasta havia impedido Cinderela de ir ao baile, pois tinha afazeres domésticos para terminar. Delegou tanta coisa à Cinderela que ela jamais terminaria em tempo de ir ao baile.

Pobre Cinderela!


Seus amiguinhos, inconformados com a situação, se puseram a trabalhar, para confeccionar um lindo vestido para que Cinderela, pudesse ir ao baile também.

Sim, o vestido estava pronto e Cinderela podia ir ao baile, como suas irmãs.

Ela estava linda!
Mas, Cinderela não conseguiu terminar o seu serviço, portanto não iria ao baile, tão esperado!

De repente, do azul aparece sua madrinha para ajudá-la.

A madrinha de Cinderela agitou a varinha de condão.
Uma abóbora que havia na cozinha logo se transformou numa bela carruagem.

A roupa velha de Cinderela virou um vestido de cetim.

- Vá e se divirta - disse a velhinha
- Mas trate de voltar para casa antes de bater meia-noite.

E Cinderela chega ao baile.


Logo o príncipe se encanta e a tira para dançar.
No palácio, a beleza e a simpatia de Cinderela conquistaram a todos. O príncipe dançou com ela muitas vezes.
O tempo passou depressa e, para surpresa dela, o relógio do palácio começou a bater meia-noite. Cinderela logo se lembrou do aviso da madrinha.
Assustada, Cinderela fugiu correndo, mas deixou cair um pequenino sapato de vidro.

O príncipe pegou o sapato e decidiu que havia de casar com a sua dona que havia conquistado o seu coração.
O príncipe procurou por todo o reino.
Finalmente chegou à casa onde morava Cinderela.
As irmãs experimentaram calçar o sapato, mas seus pés eram grandes demais.
Até que chegou a vez de Cinderela, depois de muito custo pois a madrasta havia trancado Cinderela.
Mas com a ajuda de seus amiguinhos,ela consegue chegar a tempo de poder provar o sapatinho.

O sapato deu certinho no pé de Cinderela. Vibrando de alegria, o príncipe pediu Cinderela em casamento.

E viveram felizes para sempre.