terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dequinho

Era uma vez...é assim que sei contar histórias...


Então, era uma vez um macaquinho muito levado. . . à todos dava trabalho!


Suas travessuras deixavam sua mãe louca da vida!


Seu nome era Dequinho...


Um dia Dequinho saiu para pescar na beira do rio perto da sua casa.


Se ajeitou na sombra de uma árvore...jogou o anzol e quando puxou...

imaginem o que ele pescou!


Um peixe? Não!



Dequinho pescou uma banana e assim continuou ...

cada vez que jogava o anzol lá vinha uma banana que ele comia...














Comeu de montão e sentiu uma enorme dor de barriga!


Que fazer? Sem banheiro e sem papel..


Só restava uma solução!


Acordar!


E foi o que aconteceu...e quando acordou..

estava


sem dor de barriga e um grande peixe

pulando preso no seu anzol !!

Autoria de Marly Caldas

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Fuga da Bailarina

Numa caixa bem florida
Morava a menina Nina,
Que dançava nas pontas dos pés
E que era bailarina.
Saía, de vez em quando, quando a caixa era aberta,
Uma música tocava
E ela bailava esperta.
















Por entre colares e brincos,
A bailarina morava
Tinha um espelho bem no meio
Em que ela sempre se olhava.
Jóias de ouro e de prata,
Esmeraldas e rubi
Guardadas e organizadas
Em saquinhos de organdi.











A caixa era bem guardada
Onde não se podia ver,
Lá em cima do armário,
Para assim não se perder.
Nina passava seus dias
Inteirinhos a esperar
Que a caixa fosse aberta
Pra ela poder bailar.


Ficava no escuro
Ensaiando seus passinhos,
Mas sentia-se muito só.


Precisava de carinho.
Tinha segredos antigos
Que Nina sabia guardar.

Mas o tempo foi passando,
E ela queria ver
Como era o mundo lá fora
Pra livre ela viver.
Decidida ela estava
Que da caixa fugiria,
Queria bailar para o mundo





















Voltar a ter alegria.

Da menina Felisberta,
Que ficou paralisada
Qual surpresa ela sentiu!
Não parou de dar risada
E junto da caixa dormiu.


Nina lembrava-se em silêncio
Dos tempos de outrora.
Felisberta envelhecera,
Era agora uma senhora.

Nina estava bem atenta,
Foi quando a caixa se abriu,
Numa noite friorenta
A bailarina fugiu.













Tratou de tirar o ímã
Grudado na sapatilha
E acabou derrubando no chão
Uma linda gargantilha.

Correu pelo mundo afora
Saltitando, a bailar,
Procurando companhia
Pra que pudesse dançar.

A pequena bailarina

Andou por toda cidade ,
Até o dia amanhecer
E ser tudo claridade.
Foi quando ela adormeceu,
perto do relojoeiro, um senhor bem engenhoso,
e que andava bem ligeiro.














Ele apanhou-a do chão,
levou-a para dento da loja, para perto de outra bailarina
que se chamava Carlota.
Juntas, elas conversaram
como foram suas vidas
de bailar dentro de caixas.

Foi quando Carlota acabou
com a curiosidade de Nina,
Dizendo-lhe que naquele lugar
havia outras bailarinas.
O senhor relojoeiro
de longe as vislumbrava,
olhou-as naquele momento,
viu que não eram sucatas.

Dançavam com classe e amor.
Resolveu juntar todas na mesa
e as quebradas, que ele consertou,
juntas, elas bailavam,
ensaiavam noite e dia
felizes, elas nem notaram
a presença da fada Maria.

Maria era velha conhecida
do senhor relojoeiro,
consertava com magia
os relógios estrangeiros.
O nobre senhor a chamara
pra presenciar tal encanto,
Mas ela logo lhe dissera:
- Magia ainda virá. Esteja pronto!


Dormiram naquele noite
ansiosas por outro dia:
Saíram com o relojoeiro
e a linda fada Maria.
Sem saber bem o lugar
que seriam levadas,
ficaram com muito medo
de voltarem para as suas caixas.



Mas o dia amanheceu
E Nina, feliz da vida,
companheiras encontrou,
pra bailar e ser aplaudida.
Dentro de um lindo teatro
E o relojoeiro arrumou
todas em cima do palco.

Uma música ao longe
começou logo a tocar
e elas recomeçaram a bailar.
Neste momento uma luz
as envolveu de repente
e as bailarinas das caixinhas
começaram a virar gente.

Dançaram suavemente
todas juntas um balé
e todas ali presentes
aplaudiram de pé.
Como num passe de mágica,
quem estava passando ali em frente daquele lindo teatro
resolveu entrar de repente.













A porta daquele teatro
estava agora aberta
e feliz foi a surpresa de Nina
ao ver na platéia, Felisberta.

Uma lágrima rolou
dos olhos daquela senhora,
lembrando-se da bailarina
que um dia fora embora.
Lembrava-se com muita saudade dos tempos de criança
de quando ganhara a caixa
da bailarina que dança.


Saiu daquele teatro
para a loja do relojoeiro,
que tinha as mais belas caixinhas com bailarinas e espelhos.
Compraria de presente
Para dar a sua filha
para guardar com carinho
as lembranças de família.





Nina jamais se esqueceria
daquele dia feliz
em que pode bailar de verdade como ela sempre quis.

Os aplausos ainda soam
como um balé de magia.

Viva o senhor relojoeiro!
e viva a fada Maria!

Autoria de Bianca Oliveira Botelho

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fada Dilia



Fadas podem ser de vários tipos: há as fadas dos bosques, que cuidam das plantas, flores e animais selvagens; as fadas dos campos, que protegem as colheitas dos camponeses; as fadas das montanhas, que controlam os ventos e as neves; as fadas das profundezas da terra, que cuidam dos tesouros secretos da humanidade.

Dilia é a fada da lua.






Dilia é uma fada que vive à noite.

Curiosa, costuma sair do oco de sua árvore e visitar humanos nas noites de lua cheia. Dilia adora música. Por isso, às vezes assume a forma de uma jovem para divertir-se em festas e bailes.





Quando deseja dançar, Dilia canaliza a força do luar e materializa-se tornando-se a mais encantadora das bailarinas. Todos os que a viram jamais esqueceram sua graça e elegância.


Diz-se em vários países que fadas se comunicam por meio de um idioma próprio, incompreensivel para os adultos e perfeitamente familiar para as crianças.


Assim, quando percebe que uma criança está assustada com a noite, Dilia sussurra suas estranhas canções nos ventos, e a criança escolhida começa a cantarolar melodias desconhecidas, palavras inexistentes em sua língua, que misteriosamente, lhe trazem alegria e bem-estar.

Fadas levam sorte e felicidade aos lugares por onde passam.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

As tres maçãzinhas

Eram uma vez três irmãos.



O mais pequenino tinha os olhinhos azuis, o cabelo loiro e as faces rosadas como cerejas.










Era assim muito bonito. E quanto a bom coração nem se fala. Certa vez, dera a sua merenda a um pobrezinho; e outra encontrando um cãozinho que tinha uma perna partida, tomára-o ao colo e transportára-o para casa, onde cuidara dele até que sarasse.


Em contrapartida, os seus dois manos eram feios e invejosos.
Ora uma manhã, indo o mais pequenino dos irmãos para a serra com a suas cabrinhas, pois era pastor, viu num quintal, à beira do caminho, uma macieira carregada de belas maçãs. E disse para com ele próprio:

- Ah! Quem me dera trincar aquelas maçãs!

São, na verdade, de fazer crescer água na boca...

Mas, muito embora no quintal não se visse ninguém, o menino seguiu em frente, visto o seu bom coração não lhe permitir que as roubasse.

Chegando à serra, puseram-se as cabrinhas a pastar.

E o menino, enquanto as guardava, mais uma vez desabafou, porém agora em voz alta:

- Ah! Quem me dera trincar aquelas maçãs! São, na verdade, de fazer crescer água na boca...


Estas palavras não eram ditas, até que surgiu junto de si uma fada com três maçãs numa das mãos, que, estendendo-lhes, lhe falou assim:









- Não tenhas pena, meu lindo menino, das maçãs do caminho, porque dou-te estas, que valem muito mais, pois são de ouro e livram o dono da morte.

Por isso, não as dê a ninguém... a não ser aos teus paizinhos. E continua a portar-te bem, que Nosso Senhor sempre te ajudará...






Por artes de berenguendém e berloques, sumiu-se a fada, deixando o rapazote muito satisfeito com a prenda. Mas veio a tardinha, e o menino tomou o caminho de casa, mais as suas cabrinhas. E, andando um largo pedaço do caminho, apareceram-lhe os dois manos, que, ao verem as maçãzinhas de ouro, logo as cobiçaram e lhes pediram. Ele negou-se, porém, a dar-lhes. Então, os irmãos bateram-lhe tanto com um pau, que ele caiu por terra como morto.


Posto isto, tentaram abrir-lhe as mãos, para lhe tirar as maçãzinhas. Mas qual quê?! Quanto mais esforço despendiam, mais as mãos dele apertavam as maçãs. E, vendo que eram inúteis todas as suas tentativas, abriram uma cova e enterraram-no.

Pensaram os pais do menino que tinham sido os lobos da serra os causadores do seu desaparecimento e, por isso, julgando-o já na barriga dos mesmos choraram grossas lágrimas, pois eram muito seus amigos.

Mas, na cova daquele, não tardou que crescesse uma cana. E um pastor cortou-a e fez dela uma flauta. A levá-la aos lábios, em vez de tocar, falou:

"Toca, toca, ó pastor,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."

Perante tamanha maravilha, o pastor, encontrando um carvoeiro, propôs-lhe:
- Amigo, toca nesta flauta, que ouvirás coisa de espantar!
O carvoeiro assim fez, e logo a flauta:

"Toca, toca, ó carvoeiro,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."

Passou a flauta de mão em mão, repetindo-se sempre, com pequenas variações, os dizeres, até que foi ter às mão dos pais do menino. E levando-a aos lábios, a mesma também afirmou:

"Toca, toca ó meu pai...
Toca, toca, ó minha mãe,
Os meus irmãos me mataram,
Por três maçãzinhas de ouro,
E ao cabo não as levaram."










Largaram os pais a flauta e logo perguntaram ao pastor onde a cortara. E este depressa os conduziu ao local. Aí, cavando, encontraram o menino, que imediatamente abriu os olhinhos e se ergueu, a oferecer-lhes as maçãzinhas, com as seguintes palavras:


- Tomai-as, que estais velhos e, com tal remédio, não há mal que vos pegue.
E os pais, guardando as maçãzinhas, gozaram de boa saúde durante muitos e muitos anos. Até que, cansados de tanto viver, as devolveram ao filho e foram descansar dos seus trabalhos no regaço de Nosso Senhor.

E àquele sucedeu o mesmo, quando, por sua vez, a entregou ao seu filho.

E os dois irmãos malvados?
Oh! a esses roeu-lhes a inveja e a vergonha no coração...

Essa história também foi enviada pela Monica! Que linda!