segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os camundongos em Conselho






Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.


  



Afinal, um ratinho pediu a palavra e falou:



- Sabemos que o grande perigo 
é quando o gato se aproxima tão 
mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato.





Graças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir. 
 



Todos aplaudiram a idéia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse:
- A idéia é muito boa.
Mas quem vai pendurar o guizo no pescoço do gato?
"É mais fácil falar do que fazer."
Fábula de Esopo

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Galo e a Raposa

 

Empoleirado em um alto galho de árvore, o galo estava de sentinela, vigiando o campopara ver se não havia perigo para as galinhas e os pintinhos que ciscavam osolo à procura de minhocas.

A raposa, que passava por ali, logo os viu e imaginou o maravilhoso almoço que teria se comesse um deles.
uando viu o galo de vigia, a raposa logo inventou uma historinha para enganá-lo.

- Amigo galo, pode ficar sossegado. Não precisa cantar para avisar às galinhas e os pintinhos que estou chegando. Eu vim em paz.
galo, desconfiado, perguntou:
- O que aconteceu?
As raposas sempre foram nossas inimigas. Nossos amigos são os patos, os coelhos e os cachorros.
Que é isso agora?
Mas a espertalhona continuou:
- Caro amigo, esse tempo já passou!


odos os bichos fizeram as pazes e estão convivendo em harmonia. Não somos mais inimigos. Para provar o que digo, desça daí para que eu possa lhe dar um grande abraço!


O que a raposa queria, na verdade, era impedir que o galo voasse para longe. Se ele descesse até onde ela estava, seria fácil dar-lhe um bote.
as o galo não era bobo.
Desconfiado das intenções da raposa, ele lhe perguntou:
- Você tem certeza de que os bichos são todos amigos agora? Isso quer dizer que você não tem mais medo dos cães de caça?
- Claro que não! - confirmou a raposa.
Então o galo disse:
- Ainda bem! Porque, daqui de cima estou avistando um bando que vem correndo para cá.
as, como você disse, não há perigo, não é mesmo?
- O que?! - gritou a raposa, apavorada.
- São os seus amigos! Não precisa fugir, cara raposa.s cães estão vindo para lhe dar um grande abraço, como esse que você quer me dar.
Mas a raposa, tremendo de medo, fugiu em disparada, antes que os cães chegassem.
"Muitas vezes, quem quer enganar acaba sendo enganado. "
Fábula de Jean de La Fontaine

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Alce e os Lobos

 A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho.
Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago.

O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora.
O alce continuou admirando a sua imagem:

- Mas que bela cabeça eu tenho.
De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse:
Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza!
Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros.
Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos.
Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras.
Ao perceber que já estava a salvo,

o alce exclamou aliviado:
- Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer!



Ah, se não fossem as minhas pernas!
"Não devemos valorizar só o que é bonito, sem valorizar o que é útil."
Fábula de Jean de La Fontaine

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Raposa e as uvas






Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça.


A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las.

Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:
- Estão verdes . . .
É fácil desdenhar daquilo que não se alcança.
La Fontaine