sábado, 27 de dezembro de 2008

A Ratinha Branca

Um dia a Rainha das Fadas convocou as suas súditas para uma importante reunião no palácio.
Todas compareceram envoltas em suas capas de veludo, guiando carruagens bordadas de ouro e prata.
- Pois ficarei com vocês até seus pais voltarem - prometeu ela.
E assim fez. Quando foi embora, nervosa pelo castigo que poderia levar de sua soberana pelo atraso, esqueceu sua varinha mágica no interior da cabana.


Mas uma delas, Clara, ao ouvir o choro de umas criancinhas que viviam numa cabana solitária com tio Francisco, parou no meio do caminho.
A fada entrou no pobre casebre e acendeu a lareira. As crianças, aquecendo-se perto das chamas, contaram que seus pais haviam ido para a cidade trabalhar e que elas estavam morrendo de frio e de medo.








A Rainha das Fadas, muito aborrecida, disse a clara:
- O quê?!
Além de você se atrasar para a reunião, ainda aparece sem sua varinha mágica?
Pois merece um castigo!
Depois de ouvir as explicações de Clara, a rainha disse às outras fadas:
- Agora já sei que Clara tem um bom motivo. Ela se atrasou, sim, mas por causa de seu bom coração. Por isso o castigo não será eterno. Durará apenas cem anos, durante os quais ela vagará pelo mundo transformada numa ratinha branca.
Por isso, amiguinhos, se por acaso vocês virem uma ratinha graciosa e de brancura deslumbrante, saibam que é Clara, que ainda está cumprindo seu castigo . .