segunda-feira, 2 de março de 2009

História Poética

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HISTÓRIA DE UMA ROSA

Nasceu no início da primavera,

era mais uma flor.

Olhou ao seu redor,

tanto havia por descobrir.

Primeiro descobriu que dali não podia sair,

isso a entristeceu.

Mas depressa se alegrou ao compreender onde estava,

ao ver como era belo o seu mundo.

Havia tanta árvore, tanta flor, tanto verde.

Ouvia-se o canto das aves,

ouvia-se o rio a correr.

Esta flor, era uma linda Rosa

com pétalas vermelhas de veludo.

Havia nela algo diferente ...

tinha um coração.

Por isso, sentiu uma profunda emoção ao sentir a vida.

Começou a amar a sua terra,

aprendeu a linguagem da natureza.

Era uma rosa muito feliz,

só às vezes deixava cair uma lágrima.

Tinha um sonho: - conhecer o mundo dos homens.

Até que um dia,

o sonho veio e acabou ...

Uma menina ao vê-la tão bela,

arrancou-a com violência

sem saber quanta dor ela sentiu.

A Rosa sentiu uma dor muito profunda,

mais lhe doeu o coração ao deixar o que tanto amava.

O rio parou de correr,

as aves pararam de cantar,

tudo parou para dar a despedida

e o seu coração de Rosa, chorou.

A menina levou-a por lugares estranhos.

De repente, parou.

Era um local deslumbrante

a casa onde a menina vivia.

Esta pegou num lindo copo de cristal

e dentro dele, a Rosa colocou.

Ela ali estava numa janela,

onde não se via a natureza.

Viam-se muitas casas,

ouviam-se ruídos infernais.

Era tanta a tristeza,

era tanta a saudade

que ao passar dos dias,

a linda Rosa murchou.

O seu coração batia devagar

no dia em que a menina a deitou fora.

Ela que fora tão bela,

estava agora abandonada num cesto de papeis,

sem o sol, o rio, sem Nada.

Dali ainda via a janela e a muito custo,

c onseguiu ver o raio de sol que por ela entrou,

este voltou para lhe dar um último adeus.

A Rosa, abriu as suas pétalas e sorriu.

O seu coração, mais não aguentou,

deixou cair duas lágrimas,

fechou os olhos

e morreu.

A história não acabou assim.

A menina quando para ela olhou,

lembrou-se do dia em que a tirara

do campo verdejante.

Como ela era bela,

era a Rosa mais linda que lá estava.

Compreendeu como tinha errado

e teve raiva de si mesma.

Como podia ser egoísta àquele ponto.

Tinha destruído uma vida

apenas com o fim de satisfazer os seus próprios desejos.

Agora, não podia voltar atrás,

pegou na Rosa quase seca,

abriu as páginas do seu diário

e colocou-a entre elas.

Era o mínimo que podia fazer,

era como se colocasse a Rosa dentro de si mesma.

Ela ali estava,

a fazer parte daquele diário

que mais tarde foi aberto.

E apesar de já ressequida,

alguém que a viu ainda disse:

“ Que Rosa tão Bela! “

Autoria: Elsa Zegre Silva