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HISTÓRIA DE UMA ROSA
Nasceu no início da primavera,
era mais uma flor.
Olhou ao seu redor,
tanto havia por descobrir.
Primeiro descobriu que dali não podia sair,
isso a entristeceu.
Mas depressa se alegrou ao compreender onde estava,
ao ver como era belo o seu mundo.
Havia tanta árvore, tanta flor, tanto verde.
Ouvia-se o canto das aves,
ouvia-se o rio a correr.
Esta flor, era uma linda Rosa
com pétalas vermelhas de veludo.
Havia nela algo diferente ...
tinha um coração.
Por isso, sentiu uma profunda emoção ao sentir a vida.
Começou a amar a sua terra,
aprendeu a linguagem da natureza.
Era uma rosa muito feliz,
só às vezes deixava cair uma lágrima.
Tinha um sonho: - conhecer o mundo dos homens.
Até que um dia,
o sonho veio e acabou ...
Uma menina ao vê-la tão bela,
arrancou-a com violência
sem saber quanta dor ela sentiu.
A Rosa sentiu uma dor muito profunda,
mais lhe doeu o coração ao deixar o que tanto amava.
O rio parou de correr,
as aves pararam de cantar,
tudo parou para dar a despedida
e o seu coração de Rosa, chorou.
A menina levou-a por lugares estranhos.
De repente, parou.
Era um local deslumbrante
a casa onde a menina vivia.
Esta pegou num lindo copo de cristal
e dentro dele, a Rosa colocou.
Ela ali estava numa janela,
onde não se via a natureza.
Viam-se muitas casas,
ouviam-se ruídos infernais.
Era tanta a tristeza,
era tanta a saudade
que ao passar dos dias,
a linda Rosa murchou.
O seu coração batia devagar
no dia em que a menina a deitou fora.
Ela que fora tão bela,
estava agora abandonada num cesto de papeis,
sem o sol, o rio, sem Nada.
Dali ainda via a janela e a muito custo,
c onseguiu ver o raio de sol que por ela entrou,
este voltou para lhe dar um último adeus.
A Rosa, abriu as suas pétalas e sorriu.
O seu coração, mais não aguentou,
deixou cair duas lágrimas,
fechou os olhos
e morreu.
A história não acabou assim.
A menina quando para ela olhou,
lembrou-se do dia em que a tirara
do campo verdejante.
Como ela era bela,
era a Rosa mais linda que lá estava.
Compreendeu como tinha errado
e teve raiva de si mesma.
Como podia ser egoísta àquele ponto.
Tinha destruído uma vida
apenas com o fim de satisfazer os seus próprios desejos.
Agora, não podia voltar atrás,
pegou na Rosa quase seca,
abriu as páginas do seu diário
e colocou-a entre elas.
Era o mínimo que podia fazer,
era como se colocasse a Rosa dentro de si mesma.
Ela ali estava,
a fazer parte daquele diário
que mais tarde foi aberto.
E apesar de já ressequida,
alguém que a viu ainda disse:
“ Que Rosa tão Bela! “
Autoria: Elsa Zegre Silva